quarta-feira, 11 de junho de 2014

Workshop de cultura guineense

Divulgando o convite do grupo Ilú Obá de Min para workshop de cultura guineense. Mais informações sobre a Ong, acesse: https://www.facebook.com/pages/Il%C3%BA-Ob%C3%A1-De-Min/125403590866610?fref=ts



Conversas com Mestres.Érika Balbino e Alexandre Keto

A biblioteca recebeu no último sábado a autora Érika Balbino e o ilustrador Alexandre Keto, integrando o Círculo de cultura afro brasileira 2014.



Eles falaram um pouco de suas trajetórias e do processo criativo da obra Num tronco de iroko vi a Iúna cantar, recém-lançada pela editora Peirópolis.


Depois do bate papo a autora e o ilustrador autografaram os exemplares adquiridos pelos participantes do círculo, e prestigiaram também o curso de língua yorubá.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

CONVERSA COM MESTRES : ÉRIKA BALBINO E ALEXANDRE KETO

Convidamos a tod@s para participar do  encontro com a escritora Érika Balbino e o ilistrador Alexandre Keto, que irão falar sobre o processo de criação de seu livro 
Num tronco de Iroko vi a Iúna cantar . 

DIA : 07/06/2014, sábado
HORÁRIO : 15h
LOCAL : Biblioteca Pública Monteiro Lobato
Endereço : Av. Marechal Rondon, 260 – Centro de Osasco


A obra estará sendo comercializada por R$ 49,00 – livro + cd + QRcode que pode ser acessado por qualquer smartphone e permite ouvir  todas as músicas do CD.


I - Sobre a obra e a autora :

Num tronco de Iroko vi a Iúna cantar , Erika Balbino revela a força da cultura africana em uma de suas manifestações mais populares ao narrar com maestria o encantamento e o deslumbramento dos protagonistas meninos ao desvendarem os poderes e os mistérios da capoeira, e de como essa prática tem o poder de falar com todas as pessoas. Uma luta, uma dança, um jogo, uma arte.

Ariokô, o ser irracional que os meninos irão combater, deseja usá-la como arma de sua vaidade, que funciona como uma cortina negra não o deixando perceber o poder acolhedor da capoeira, bem como todo o mal que a vaidade dos homens causa a Mãe Terra.

Erika Balbino
Nasceu na cidade de São Paulo. Formou-se em Cinema com especialização em Roteiro na Fundação Álvares Penteado (Faap) e é pós-graduada em Mídia, Informação e Cultura pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (Celacc) da Universidade de São Paulo (USP). Além de seu envolvimento com cultura afro-brasileira e umbanda, joga capoeira há treze anos e desenvolve projeto de pesquisa sobre essa prática na capital paulista.

II - Sobre as ilustrações :

As lindas ilustrações de Alexandre Keto, artista urbano conhecido na periferia de São Paulo, com trabalho reconhecido na França e na Bélgica e educador social no Senegal, são lúdicas e dinâmicas, e harmonizam-se com a linguagem proposta por Erika Balbino, refletindo força e a riqueza do  imaginário plural brasileiro.

Alexandre Keto
Nascido na capital paulista, seus primeiros contatos com a cultura Hip Hop ocorreram em oficinas que aconteciam no bairro em que morava. Logo virou um multiplicador e passou a espalhar a cultura Hip Hop por diversos guetos mundo afora por meio de projetos sociais. Usa o trabalho artístico como uma ferramenta de transformação social, principalmente em países africanos, onde desenvolve projetos comunitários e de intercâmbio.

III – Sobre o CD :

Encartado na obra há ainda um CD com a narração da história pela própria autora e cantos de capoeira e pontos de Umbanda, com a participação do percussionista Dalua, da cantora Silvia Maria, Rodrigo Sá, além dos Mestres Catitu, Jamaica, e Caranguejo, grandes nomes da cultura popular, esse último tendo exercido a profissão de Mestre de Capoeira por quase 20 anos na Fundação Casa. No final do livro há um glossário contendo todos os termos utilizados no livro que possam ser desconhecidos do público em geral. Além disso, a contra capa do livro conta com um QR Code que pode ser acessado por qualquer smartphone e permite ouvir a todas as músicas do CD.

IV – Comentários :

No prefácio, o professor de Jornalismo da USP, coordenador do CELACC (Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação) e membro do NEINB (Núcleo de Pesquisas e Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro) Dennis de Oliveira, traça uma analogia da invisibilidade da cultura negra com a brincadeira de esconde-esconde, afirmando que é necessário retirar a venda do preconceito dos olhos – que nos impede de ver o outro - para descobrir o que está escondido ao nosso redor.

Segundo a autora, apesar de estar presente em momentos históricos importantes, a capoeira tem seu reconhecimento só no papel, assim como várias políticas públicas em favor da cultura afrobrasileira e periférica.  “A capoeira foi declarada Patrimônio Cultural do País em 2008, e ainda hoje, está mais presente nas escolas particulares do que nas públicas, exceto naquelas que abrem espaço para programas sociais de final de semana, e nas quais o profissional da capoeira não é remunerado”, afirma.

Combatendo esse paradigma, a publicação introduz uma série de elementos dessa cultura para o público infanto-juvenil.

“A cultura afro-brasileira ainda é invisível. Seu ensino foi aprovado por lei (Lei 10.639/030 em 2003), mas permanecemos no campo do aprendizado da cultura europeia, replicando valores já tão ultrapassados. Continuamos no campo do folclore, como se o negro e até mesmo o índio fossem objeto de uma vitrine, utilizada para fazer figuração em momentos oportunos. A literatura pode nos libertar dessas amarras e acredito que esta seja minha pequena contribuição”, conclui Erika.