segunda-feira, 31 de maio de 2010
História da África & Afrodescendentes na escola
Claro que esta disposição causou e causa debates e discussões sobre como trabalhar esta vasta história, como e quais materiais utilizar,etc etc.
Por causa desta nova área aberta no ensino, o volume de livros e outros materias didaticos e paradidáticos foi ampliado enormemente. Mas, eles são realmente completos, que tipo de visão da história da África e afrodescendentes eles desenvolvem? Pensando nestas questões ,e em outras mais, a turma do curso de História da África e dos Afrodescendentes no Brasil, do departamento de História da USP, sob orientação da Profª Drª Maria Cristina Cortez Wissenbach, está desenvolvendo um trabalho,em grupos, para análise e produçao de materiais sobre estas obras paradidaticas(livros infanto-juvenis), que serão, posteriormente, disponibilizadas na Net.
Vamos postando indicações de livros e nossas análises sobre eles;
Vocês também encontram dificuldades para tratar sobre o tema em sala de aula? Ou para encontrar materiais para trabalhar estes temas? Comentem!
terça-feira, 25 de maio de 2010
CICLO DE CULTURA AFROBRASILEIRA
28/05 -19h
> Realização - alunos do 2º ano do Ensino Médio (MASG-2)
> Coordenação - Prof. Teder Sacoman (Português)- espaço multiuso
Ø Conversa com Mestres de Capoeira mediada por Professor Henrique, da Casa de Angola - Auditório
Entrada Franca
Prestigiem e ampliem o movimento!
Biblioteca Municipal Monteiro Lobato
Rua Marechal Rondon, 260
Osasco - São Paulo
(0xx)11 2225-0681
sábado, 15 de maio de 2010
video -Maria Bethania
http://www.youtube.com/watch?v=DuP8jft4K3g
sexta-feira, 14 de maio de 2010
petiçao por direitos dos quilombolas
http://www.PetitionOnline.com/quilombo/petition.html
Sobre os quilombolas:
http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_brasil.html
quarta-feira, 12 de maio de 2010
texto Paulo Freire
“ Quão importante foi para mim, pisar pela primeira vez o chão africano e sentir-me nele como quem voltava e não como quem chegava.
A cor do céu, o verde-azul do mar, os coqueiros, as mangueiras, o perfume das suas flores, o cheiro da terra; as bananas, entre elas a minha bem-amada banana-maçã; o peixe com leite de coco; o gingar das gentes andando nas ruas, seu sorriso disponível à vida; os tambores soando no fundo das noites, os corpos bailando e , ao fazê-lo, desenhando sua cultura no mundo; cultura que os colonizadores não conseguiram matar. Tudo isso me tomou todo e me fez perceber que eu era mais africano do que pensava.”
( FREIRE, Paulo. Cartas à Guiné-Bissau.2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978, pg. 13-4.)
REALIZAÇÃO : Biblioteca Pública Monteiro Lobato / SC / PMO
COORDENAÇÃO : Valdenise Fidélis ;Marili Alexandre
PARCERIAS : 1) André Monteiro, artista plástico e professor de Artes, do Colégio Prisma
2) Sabrina da Paixão Brésio e Rafael de Almeida, estudantes de História da Universidade de São Paulo
MONTAGEM : Setor de Extensão Cultural / Lourdes Aparecida S. Soares
AGRADECIMENTOS : aos estudantes do 2° EM do Colégio Prisma :
GABRIELLE MARQUES -2°EM Colégio Prisma -Prof. André Monteiro;
MAURICIO K. IWANAGA -2°EM Colégio PrismaProf. André Monteiro;
RAFAEL DIAS LIMA- 2°EM Colégio Prof. André Monteiro;
RAFAELA CARVALHO MAURER-2°EM Colégio Prisma Prof. André Monteiro;
RAFAELA FERMINO BISPO-2°EM Colégio Prisma Prof. André Monteiro;
MATHEUS M. MACHADO-2°EM Colégio Prisma Prof. André Monteiro;
MAYARA DE ABREU CRISASTE-2°EM Colégio Prisma Prof. André Monteiro;
LARISSA DOS SANTOS SILVA-2°EM Colégio Prisma Prof. André Monteiro;
BARBARA DE S. SILVEIRA- 2°EM Colégio Prisma Prof. André Monteiro;
WILLIAN ARAUJO MARTINS - 2°EM Colégio Prisma Prof. André Monteiro;
Logo Logo traremos as fotos da exposição!
terça-feira, 11 de maio de 2010
Eventos Biblioteca Muncipal de Osasco
Biblioteca Pública, Monteiro LobatoEndereço
Osasco - São Paulo, 06093-015
MAIO
“Contos da Senzala”
Contação de histórias com temática africana , com Marili Alexandre
Ø 11 e 18 de maio – 3ªs feiras, 17h30 às 18h30
Ø Auditório da Biblioteca
“Danças Afrobrasileiras”
Workshop de Maracatu , com a orientadora de dança Celli do Grupo de Estudos em Cultura Popular Brasileira Baque Estendal e convidados
Ø 14 de maio de 2010, das 19h às 21 h
Ø Auditório da biblioteca
“Quando a resistência se torna Arte e Conversa de Mestre”
Workshop de capoeira conduzido pelo Professor Henrique e convidados
Ø 28 de maio de 2010, das 19h às 21 h
Ø Auditório da biblioteca
INSTALAÇÃO “ AOS OLHOS DE CASTRO”
Comemorando os 147 anos da Canção do Africano, o Colégio Fernão Dias Pais, inaugura a instalação "Aos olhos de Castro" na qual são abordadas, através de diferentes visões, a poesia abolicionista de Castro Alves, que via, através de sua janela a chegada dos navios negreiros e, a bordo de um albatroz, percorria seus porões e denuncia, em sua poesia, os maltratos sofridos pelo negro.
> Realização - alunos do 2º ano do Ensino Médio (MASG-2)
> Coordenação - Prof. Teder Sacoman (Português)
Ø Instalação de 14 de maio a 29 de maio 2010
Ø Horário de funcionamento da biblioteca
Ø Espaço Multiuso
“África logo aqui”
Ø Apoio e direcionamento de pesquisas por Sabrina da Paixão e Rafael de Almeida, estudantes de História da Universidade de São Paulo
Ø Online
Ø E.mail : africalogoaqui@gmail.com
JUNHO / 2010
“Contos da Senzala”
Contação de histórias com temática africana , com Marili Alexandre
Ø 08 e 15 de junho – 3ªs feiras, 14h
Ø Auditório da Biblioteca
“Danças Afrobrasileiras”
Workshop de Ciranda e Coco com a orientadora de dança Celli do Grupo de Estudos em Cultura Popular Brasileira Baque Estendal e convidados
Ø 11 de junho de 2010, das 19h às 21 h
Ø Auditório da biblioteca
“Quando a resistência se torna Arte e Conversa de Mestre”
Workshop de capoeira conduzido pelo Professor Henrique e convidados
Ø 25 de junho de 2010, das 19h às 21 h
Ø Auditório da biblioteca
“África logo aqui”
Ø Apoio e direcionamento de pesquisas por Sabrina da Paixão e Rafael de Almeida, estudantes de História da Universidade de São Paulo
Ø Online
Ø E.mail : africalogoaqui@gmail.com
domingo, 9 de maio de 2010
indicacão site

http://www.museuafrobrasil.com.br/index_01.asp
Endereço:
Rua Pedro Álvares Cabral, s/nº
Pavilhão Manoel da Nóbrega
Parque do Ibirapuera, portão 10
04094-050 - São Paulo, SP
Outros telefones: 5579-8542 / 5579-7716 / 5579-6399
e-mail:agendamento@museuafrobrasil.com.br
- O Museu funciona todos os dias, exceto às 2ªs feiras
Horário de atendimento:
Público espontâneo: das 10h às 17h
Visitas agendadas: das 10h às 17h
Pintura africana
Ubuso ou Máscara Africana (Daniel Polcaro)

africano para proporcionar boa sorte e protecção.
Nos últimos séculos miniaturas de ubusos e
ubusos em tamanho real têm vindo a ser cada vez
mais usados como amuletos ou talismãs como
símbolo protecção e fertilidade.
A maioria dos povos africanos dedica-se ao
pastoreio ou à agricultura. A aldeia de Bambara
dedica-se ao cultivo das suas colheitas de grão. As
suas manifestações artísticas estão intimamente
ligadas ao seu meio de sobrevivência. As mais
importantes amostras escultóricas representam
máscaras e figuras esculpidas para assegurar a
fertilidade dos seus campos e o cuidado dos seus
cultivos.
Os Bambara são um grupo Mandinka de mais de
um milhão de pessoas que habitam em Mali e
que se transformaram em excelentes e
reconhecidos artistas na arte do metal, do couro,
das tintas, da tapeçaria, dos objectos em esparto e
sobretudo nos trabalhos esculpidos na madeira.
As máscaras Bambara pertencem a 4 associações
de culto maior: N’domo, komo, kove e Try
voara. Estas sociedades tiram as suas máscaras
durante as estações húmida e seca, para rogar aos
deuses ajuda na sementeira e na recolecção das
colheitas do milho e nas celebrações relacionadas
com a chuva. Cada sociedade tem um tipo de
máscara diferente carregada de simbolismo. A
arte africana é multifuncional e compreende
numerosas facetas da vida: o governo, a religião,
a economia e também o entretenimento. As
celebrações de cerimónias e rituais com bailes e
máscaras tão enraizadas na cultura africana têm
uma dupla vertente: sacro-religiosa e de crenças e
outra estética e teatral.
Em Africa, a doença e a morte podem ser
imputadas a causas sobrenaturais. Os objectos de
arte, junto com as técnicas mágicas e rituais são
utilizadas para combater o infortúnio. Estes
objectos conhecem-se pelo nome de “fetiches”.
A escultura ou objecto de arte costuma ser
acompanhada por materiais diversos:
caranguejos, ossos de animais e cornos, dentes,
penas, parles de aves, tecidos, botões e pedaços de
metais. Este conjunto de objectos estranhos tem
um importante valor simbólico para os seus
proprietários e, segundo a sua crença,
influenciam o seu destino.
algumas palavras...
segunda-feira, 3 de maio de 2010
site com poesia de expressão africana

Filinto Elíseo
andei por califórnias ródanos douros
sonhei ânforas do antanho
deusas etílicas taças de âmbar
poetei absintos versejei labirintos
naveguei pessoas & nerudas
tive orgasmos a imaginar borges
acordei diante de brancos secos
amei com os tintos maduros
encorpados lambruscos
alentejos chãs
ad eternum
ou aqui
agora...
______________________________________
Mia Couto
1. Deixei o sol
na praia de Quissico
De bruços
sobre o Verão
eu deixei o Sol
na extensão do tempo
Molhando, quase líquido,
o dia afundava
nas fundas águas do Índico
A terra
se via estar nua
lembrando, distante,
seu parto de carne e lua
2. Não o pássaro: era o céu
que voava
O ombro da terra
amparava o dia
A luz
tombava ferida
pingando
como um pulso suicida
um minhas ocultas asas
__________________________
Mamãe Velha, venha ouvir comigo
o bater da chuva lá no seu portão.
É um bater de amigo
que vibra dentro do meu coração.
A chuva amiga, Mamãe Velha, a chuva,
que há tanto tempo não batia assim...
Ouvi dizer que a Cidade-Velha,
— a ilha toda —
Em poucos dias já virou jardim...
Dizem que o campo se cobriu de verde,
da cor mais bela, porque é a cor da esp´rança.
Que a terra, agora, é mesmo Cabo Verde.
— É a tempestade que virou bonança...
Venha comigo, Mamãe Velha, venha,
recobre a força e chegue-se ao portão.
A chuva amiga já falou mantenha
e bate dentro do meu coração!
São alguns dos poemas, de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau
blog poesia africana

Poesia Africana de Língua Portuguesa do Século XX - - Poesias, artigos, autores africanos, bibliografia para estudos, cultura africana.
(clique na imagem ao lado)
http://poemasafricanos.blogspot.com/
Um dos poemas presentes no blog.
NOITE
ALDA LARA
Noites africanas langorosas,
esbatidas em luares...,
perdidas em mistérios...
Há cantos de tungurúluas pelos ares!...
..........................................................................
Noites africanas endoidadas,
onde o barulhento frenesi das batucadas,
põe tremores nas folhas dos cajueiros...
..........................................................................
Noites africanas tenebrosas...,
povoadas de fantasmas e de medos,
povoadas das histórias de feiticeiros
que as amas-secas pretas,
contavam aos meninos brancos...
E os meninos brancos cresceram,
e esqueceram
as histórias...
Por isso as noites são tristes...
Endoidadas, tenebrosas, langorosas,
mas tristes... como o rosto gretado,
e sulcado de rugas, das velhas pretas...
como o olhar cansado dos colonos,
como a solidão das terras enormes
mas desabitadas...
É que os meninos brancos...,
esqueceram as histórias,
com que as amas-secas pretas
os adormeciam,
nas longas noites africanas...
Os meninos-brancos... esqueceram!...
1948-Outubro (Poemas1966)
(Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque. Benguela, Angola, 9.6.1930 - Cambambe, Angola, 30.1.1962).