Um menino do Candomblé que anda orgulhoso com suas guias no pescoço. Tem um amigo do peito, Pedro, que é apartado dele por uma mão forte: o preconceito. Esta é minha resenha do livro de Luiz Antonio. Mas não é apenas isso. Este livro, focado para o público infantil, é de leitura rápida, com frases curtas. Porém a leitura não termina quando acabam-se as letras. As ilustrações de Daniel Kondo complementam o texto, ampliando a leitura para além do universo infantil. Os orixás e suas características são apresentadas poéticamente, e deliciam não apenas crianças mas nós, os crescidos.
Frente a aversão da mãe do amigo à suas guias, a personagem começa a questionar sua própria crença. Será que era errado o que ele acreditava? E quantas crianças, das mais diversas crenças, fazem este mesmo questionamento frente ao preconceito?
Indico este livro para pais e professores, para contadores de história e para todos que buscam olhares lúdicos e poéticos sobre a delicada questão das religiosidades,e que concordem com o que autor declara: "Todo mundo tem o direito de ter sua religião. De usar um crucifixo, um quipá, um turbante, um manto colorido, guias ou fios de contas".
Sabrina da Paixão
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