terça-feira, 29 de julho de 2014

BatucAfro - Òsún



Se você gosta de um bom batuque, no sábado 09 de Agosto, vai acontecer a 10ª Edição do BatucAfro, homenageando Òsún, organizada pelo BatucAfro. O encontro vai acontecer a partir das 17h30  na  Rua Barão de Alagoas, 340, Itaim Paulista, São Paulo, SP, e traz samba de roda, danças populares   e contação de histórias.
Não perca e compartilhe por aí!



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Carolina Maria de Jesus. Uma Candace na periferia.

Em 2014 comemora-se o centenário de Carolina Maria de Jesus. Embora seu aniversário tenha sido em 14 de março, as homenagens a ela e sua obra continuam ao longo do ano. E nada mais justo do que, no Dia Nacional da Mulher Negra, prestarmos reverência a esta Candace mineira, a mulher forte que mostra em sua literatura o que a força da mulher à margem, da mãe, da artista e da amante.

Amanhã, 26 de julho, às 10:30 o Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca realizará a exibição inédita do documentário “Favela: a vida na pobreza”, da diretora alemã Christa Gottmann, que mostra a escritora negra Carolina de Jesus, na década de 70, e em seguida, serão exibidos os curtas “Vidas de Carolina”, de Jéssica Queiroz, e “Carolina”, de Jeferson De.
 Após a exibição haverá debate com a participação da diretora Jéssica Queiroz e da atriz Débora Garcia, do filme “Vidas de Carolina”, e de Vera Eunice de Jesus (filha de Carolina de Jesus), sob a mediação de Jéssica Cerqueira, da AfroeducAÇÃO.

Moradora da favela do Canindé, na zona norte de São Paulo, Carolina torna-se famosa no meio literário com sua obra Quarto de Despejo, publicado em 1960.  Publicou também o romance Pedaços de Fome e o livro Provérbios, ambos em 1963. Após sua morte, em 1977, foram publicados o Diário de Bitita; Um Brasil para Brasileiros (1982); Meu Estranho Diário; e Antologia Pessoal (1996).


Na sequência, compartilhamos um trecho da obra Quarto de Depejo:

" 31 de dezembro [de 1958]:

(…)

Quando a noite surgiu, ele veio. Disse que quer estabelecer, porque quer pôr os filhos na escola. Que ele é viúvo e gosta muito de mim. Se eu quero viver ou casar com ele.

Ele me abraçou e me beijou. Contemplei a sua boca adornada de ouro e platina. Trocamos presentes. Eu lhe dei doces e roupas para os seus filhos e ele me deu pimenta e perfumes. A nossa palestra foi sobre arte e música.

Ele me disse que se eu casar com ele que me retira da favela. Lhe disse que é poética a existência andarilha.

Ele me disse que o amor de cigano é imenso igual o mar. É quente igual o sol.

Era só o que me faltava. Depois de velha virar cigana. Entre eu e o cigano existe uma atração espiritual. Ele não queria sair do meu barraco. E se eu pudesse não lhe deixava sair. Lhe convidei para vir ouvir o rádio. Ele me perguntou se sou sozinha. Respondi que eu tenho uma vida confusa igual um quebra-cabeça. Ele gosta de ler. Dei livros para ele ler. (…) "

Mais informações sobre a exibição: Ano Centenário Carolina Maria de Jesus
E sobre Carolina Maria de Jesus: 
http://www.revistabrasileiros.com.br/2014/03/14/os-cadernos-de-carolina/#.U9KtneNdXps
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-03/brasil-lembra-centenario-de-escritora-que-definiu-favela-como-quarto-de


Candaces IV- Quariterê, resistência e Teresa


Quariterê, resistência e Teresa

O Quilombo de Quariterê, também conhecido como Quilombo do Piolho, surgiu na região do rio Piolho, em um momento de fixação portuguesa no interior do território extrapolando o Tratado de Tordesilhas, através das bandeiras e da mineração. Como marco nesta região, é criada em 1748 a Capitania de Mato Grosso, com sua capital na Vila Bela da Santíssima Trindade.
 Instalando-se próximo a Cuiabá, não muito longe da fronteira com a atual Bolívia, o quilombo recebia negros, indígenas e mestiços fugidos, sobrevivendo até 1770.  Com a resistência dos habitantes do quilombo, liderados por Teresa, despertam a atenção e a preocupação do governo lusitano. Uma incursão sob o comando de Luiz Pinto de Souza Coutinho é organizada através da Câmara Municipal de Vila Bela da Santíssima Trindade com patrocínio de proprietários de escravos. O quilombo é destruído e os escravos capturados, sendo levados para a Vila Bela, onde foram castigados duramente e devolvidos a seus proprietários. O fim de Teresa é controverso, algumas fontes afirmam que ela enlouquece, outras que ela se suicida e outras apontam que ela foi torturada e assassinada.
Segundo Maria De Lourdes Bandeira (apud Machado, M. F. R.)
Na organização política residia a especificidade do quilombo Quariterê, que nisso se distinguia de Palmares e dos quilombos do Ambrósio e de Campo Grande. A forma de governo adotada foi a realeza. Havia rei, mas à época da primeira destruição era governado por uma preta viúva, a Rainha Teresa [de Benguela], assistida por uma espécie de parlamentar, com capitão-mor e conselheiro. A alcunha do conselheiro da rainha, José Piolho, transformou-se em uma das designações do quilombo. Nos quilombos de Alagoas e de Minas Gerais, a chefia era masculina e não assumia o caráter de reinado formal, como no quilombo de Vila Bela.
Após a apreensão dos escravos, funda-se a Aldeia de Carlota, como forma de manter o domínio português na região. Contudo, isto não impediu a fundação de outros quilombos na capitania de Mato Grosso.



Fontes:
Palitot, Aleks. Quilombo do Piolho, resistência afro no vale do Guaporé. Disponível em:  http://www.newsrondonia.com.br/noticias/quilombo+do+piolho+resistencia+afro+no+vale+do+guapore/30486
Alves, João de Medeiros. O Quilombo do Quariterê. Disponível em:  http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=185

 Maria Fátima Roberto Machado. Quilombos, Cabixis e Caburés: índios e negros em Mato Grosso no século XVIII. Disponível em:  

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Candaces na história afro-brasileira III- África Ocidental



Retrato da rainha Nzinga, 

produzido no século XIX


Nzinga Mbandi Ngola , Rainha Ginga ou ainda Ana de Sousa, são com estes títulos que podemos encontrar informações acerca desta figura histórica que permeia o imaginário da Diáspora, ecoando nos ritos populares.  Rainha de Matamba e Angola, viveu de 1587 a 1663.
Nzinga reina em um momento no qual Portugal busca estabelecer posições em Angola para fortalecer o tráfico de escravos. Nzinga governa na resistência, entre estratégias que compreenderam a conversão ao cristianismo, a diplomacia e as investidas militares. 
A história de Nzinga é repleta de momentos de atrito com as forças coloniais e o tráfico de escravos. 
Segundo a pesquisadora Mariana Bracks Fonseca, que possui uma dissertação acerca da rainha, 
Estátua em homenagem a Nzinga,
em Angola

" capturar Nzinga e reduzi-la à obediência passou a ser um dos objetivos principais do governo português. Em 1626, o governador de Angola, Fernão de Sousa, arquitetou um golpe político para que Are a Kiluanje, um vassalo dos portugueses, assumisse o trono. Nzinga se refugiou na ilha de Kindonga e conseguiu se livrar do cerco usando sabiamente a geografia do local, deslocando-se pelas diversas ilhas do Rio Kwanza. Quando as tropas lusas enfim a encurralaram em Kindonga, ela mandou seus embaixadores informarem que estava disposta a se render e se avassalar. Para isso, no entanto, pediu uma trégua de três dias. Passado o prazo, os portugueses perceberam que tinham caído em um golpe: Nzinga já estava longe dali." Sob seu governo os holandeses ocuparam Angola, e estabeleceram alianças com a rainha contra os lusitanos. 

 Hoje, Nzinga é considerada heroína nacional em Angola, e no Brasil resiste no imaginário das canções populares e nas rodas de capoeira, sempre que se evocar a Rainha Ginga.



Mais referências sobre Nzinga: 

Serrano, Carlos M. H. Ginga, a rainha quilombola de Matamba e Angola. Revista USP, São Paulo (28): 136-141 Dez-fev 95-96. Disponível em:  http://www.usp.br/revistausp/28/10-serrano.pdf

Fonseca, Mariana Bracks.Ginga, a incapturável. Revista de História.com.br. Disponível em:    http://www.revistadehistoria.com.br/secao/retrato/ginga-a-incapturavel-1

Fonseca,Mariana Bracks. Nzinga Mbandi e as guerras de resistência em Angola. Século XVII. Dissertação de mestrado disponível em : 


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Os afro-sambas e Agô: as misturas bem vindas


Hoje lembraremos de um álbum considerado um divisor de águas na MPB e que contribuiu para uma divulgação e disseminação dos toques e balanços do candomblé da Bahia. Falamos do lp Os afro-sambas, de Baden Powell e Vínicius de Moraes. Depois de receber uma gravação de pontos e cantos de roda, Vinícius se encanta e compõe, em parceria com Baden Powell as oito faixas que compõe o lp, lançado em 1966.

Clique no link para que vocês possam ouvir o álbum na íntegra


Faixas:
Canto de Ossanha - 03:23
Canto de Xangô - 06:28
Bocoché - 02:34
Canto de Iemanjá - 04:47
Tempo de amor - 04:28
Canto do Caboclo Pedra-Preta - 03:39
Tristeza e solidão - 04:35
Lamento de Exu - 02:16


Agô! Cantos sagrados de Brasil e Cuba é uma obra recente, lançada em 2011, onde a ONG Sambatá promove o encontro dos cantos e melodias brasileiras e cubanas, através do toque e da voz da Orquestra HB, do Grupo Abaçaí e de convidados da santeria, agôs  e jazzistas.


Clique no link para que vocês possam ouvir o álbum na íntegra
  

Faixas
01- Exú
02- Oxossi
03- Agradecer e Abraçar
04- Xaxará
05- Xangô
06- Oxaguian
07- Quebrando Pratos
08- Iemanjá
09- Muzenza
10- Caboclos
11- Agô
12- Saudação a Oxossi
13- Saudação a Omolú
14- Saudação a Ogum

Mais informações sobre os discos, acesse:


Èdè Yorùbá a língua do Òrìṣà. Contribuições da Casa de Òsùmàrè parte 4


Continuamos compartilhando as postagens da Casa de Oxumarê sobre a a língua Yorùba. Semeiem por aí este conhecimento!





Ator: òṣère ọkùrin.
Atriz: òṣère obìnrin.
Administrador: olùpínfúnni.
Assessor: olùfọnàhán.
Advogado: gbàwí.
Agente: aṣelédeni.
Agricultor: Aroko.
Embaixador: Iko ìjọba.
Locutor: akéde.
Arquiteto: ayàwòrán Ile
Leiloeiro: onígbànjo
Livreiro: olùtà iwe
Pedreiro: mọlémọlé.
Capitão: Balogun.
Carpinteiro: gbẹnàgbẹnà.
Combatente: oníjà.
Ministro: ìránṣẹ.
Motorista: Awako.
Músico: Olórin.
Enfermeira: olùtọ.
Pintor : akun ọda
Escritor: akọ̀wé
Gerente: alábójútó
Delegado: aṣojú-ẹni
Professor: olùkọ́
Vendedor: olùtà
Dançarino: oníjó
Médico: oníṣẹ́gùn
Escultor: onísònà
Ferreiro: àgbẹ̀dẹ
Joalheiro: olùtà òkúta iyebíye
Bombeiro: panápaná
Dentista: oníṣègùn ehín
Sapateiro: oníbàtà
Costureiro: òǹránṣọ
Militar: olóógun
Pescador: apẹja
Marinheiro: atukọ̀
Padeiro: alásè
Jardineiro: olùṣọ́gbà

segunda-feira, 21 de julho de 2014

1º Seminário para Preservação do Patrimônio Cultural Compartilhado entre o Brasil-Nigéria


Entre os dias 28 e 31 de julho, acontecerá o 1º Seminário para Preservação do Patrimônio Cultural Compartilhado entre o Brasil-Nigéria, em Salvador, Bahia.

A entrada é franca e a inscrição será feita na hora no local.

Nesta data, teremos a presença de Sua Majestade Imperial o Alaafin de Oyo, Obá Adeyemi III.
Não perca!

Maiores informações

PROGRAMAÇÃO:

28 de julho (segunda-feira)
Fórum Rui Barbosa (Palácio da Justiça)

14:30 a 15:50 | Solenidade de Abertura.

16:00 a 16:40 | Palestra magna de Sua Majestade Imperial, o Alaafin de Oyo.

16:40 a 17:00 | Apresentação Cultural.

17:00 a 18:30 | Mesa-Redonda 1: Nos caminhos de Xangô: o patrimônio cultural compartilhado entre Oyo e a Bahia.
1) A importância do Império de Oyo e a riqueza cultural preservada na cidade de Xangô;
2) A centralidade do culto de Xangô nos terreiros de Candomblé Nagô da Bahia e suas ligações com império de Oyo.

18:30 a 20:00 | Mesa-Redonda 2: Problemáticas e Instrumentos da Preservação e Salvaguarda do Patrimônio Compartilhado no Brasil e na Nigéria.
1) Políticas públicas para a preservação e valorização do patrimônio cultural dos povos e comunidades de matriz africana no Brasil (tombamento, mapeamentos e planos de gestão integrada);
2) Proteção e gestão do patrimônio cultural da cidade de Oyo: possíveis mecanismos de proteção.
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>29 de julho (terça-feira)
09:00 a 12:00 | Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho
Visita da comitiva de Oyo ao Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho encontro sobre ações preservacionistas, origens, ancestralidade e manutenção das tradições.

14:00 a 17:00 | Casa de Oxumarê
Visita técnica da comitiva de Oyo à Casa de Oxumarê encontro sobre ações preservacionistas, origens, ancestralidade e manutenção das tradições.

>30 de julho (quarta-feira)
09:00 a 12:00 | Ilê Àse Opo Afonjá
Visita da comitiva de Oyo ao Terreiro Ilé Àse Opo Àfonjá para encontro sobre ações preservacionistas, origens, ancestralidade e manutenção das tradições.

14:00 a 17:00 | Terreiro Alaketu
Visita da comitiva de Oyo ao Terreiro Alaketu para encontro sobre ações preservacionistas, origens, ancestralidade e manutenção das tradições.

>31 de julho (quinta-feira)
09:00 a 12:00 | Terreiro do Gantois
Visita da comitiva de Oyo ao Terreiro do Gantois para encontro sobre ações preservacionistas, origens, ancestralidade e manutenção das tradições.

Candaces na história afro-brasileira II- Antiguidade: Egito


O título Candace se relaciona com as rainhas- mãe ou rainhas guerreiras. Ao longo das postagens chamadas Candaces na história afro-brasileira, iremos expor um pouco da história tanto de rainhas negras e líderes de governos como de guerreiras e mulheres fortes. 

Como já vimos em post anterior  o termo surge na região do Império Cuxita, ao sul do antigo Egito. Mas o próprio Egito teve grandes mulheres ligadas à administração e ao governo do império.


 O papel da rainha-mãe era fundamental, pois se conecta ao mito da formação da realeza, no qual Ísis é a mãe do futuro rei, Hórus, e assim o faraó é o próprio Hórus renascido. As rainhas-consortes, geralmente a primeira esposa do faraó, recebiam o título de Grande Esposa Real e possuíam importantes funções político-administrativas. 




Além das rainhas, o Egito também teve Faraós mulheres, sendo as mais conhecidas Hatshepsut (de 1479 a 1458 a.C.) e, claro, Cleópatra (de 69 a 30 a.C.) . 

Faraó Hatshepsut com os atributos reais
Hatshepsut foi esposa de seu irmão Tutmósis II, e quando de sua morte, ficou como regente até que o filho Tutamósis III  tivesse idade para subir ao trono. Contudo, quando ele atinge a idade (15 anos) a Grande Esposa Real se proclama Faraó, reinando por 22 anos. A faraó estabelece uma ligação sagrada com o trono, identificando-se como o Hórus vivo.  A rainha se apresentava com trajes e atributos de poder masculinos, contudo, sem esconder que era uma mulher.
Uma de suas principais preocupações  era que o seu legado fosse lembrado, e por isso mandou registrar algumas das passagens mais importantes do seu reinado. Uma das construções mais importantes desse período é o templo de Deir el-Bahari.

Rainha Nefertiti. Busto descoberto na antiga região de Amarna em 1912. 
Nefertiti (de 1370 a 1334 a.C.) foi a Grande Esposa Real de Amenhotep IV, mais conhecido como Akhenaton. Em seu governo, o faraó, junto de Nerfertiti, estabeleceu uma nova forma de culto, no qual Aton(o sol, o disco solar) é a principal deidade. Akhetaton, a nova capital é fundada e Nerfertiti atua como figura fundamental na disseminação do novo culto. 
A imagem do casal real aparece em diversos templos e monumentos remanescentes. Após 12 anos de reinado, o nome de Nerfertiti desaparece dos registros levando os estudiosos a acreditarem em sua morte. Contudo, atualmente alguns pesquisadores creem que ela tenha reinado por um período após a morte de Akhenaton. 


Nerfetari, Grande Esposa Real de Ramsés II, de mãos dadas com Ísis. Pintura preservada em tumba.
 Nefertari (de 1290 a 1254 a.C.) foi a Grande Esposa Real de Ramsés II. Apesar do faraó possuir outras esposa, foi Nefertari a sua favorita e que reinou a seu lado, sendo fundamental em rituais e negociações de paz com os hititas. O templo de Abu Simbel é um dos monumentos do amor devotado de Ramsés a esta mulher. Sua tumba é a mais famosa e uma das mais bem preservadas do Vale das Rainhas. 
Em uma das inscrições que sobreviveram ao tempo, Nefertari é descrita como "A princesa, rica em louvores, soberana da graça, doce no amor, senhora das duas terras, a perfeita, aquela cujas mãos seguram os sistros, aquela que alegra o seu pai Amom, a mais amada, a que usa a coroa, a cantora de belo rosto, aquela cuja palavra dá plenitude. Tudo quanto pede se realiza, toda a realidade se cumpre em função do seu desejo e conhecimento, todas as suas palavras despertam alegria nos rostos, ouvir a sua voz permite viver."


Fontes:

JACQ, Christian. As Egípcias: Retratos de Mulheres do Egito Faraônico
Arqueologia Egípcia. Acesso:  http://arqueologiaegipcia.com.br/




sexta-feira, 18 de julho de 2014

Candaces na história afro-brasileira I- origens: Império Cuxita e Meroé


Império Kush e Meroé

O império Kush (ou Cuxita) se desenvolveu na região da Núbia, ao sul do Egito, atual Sudão entre os séculos VIII a.C a IV d. C.
As principais fontes de pesquisas sobre a organização desta região são de escavações em sepulturas reais, e descrições hieroglíficas e inscrições em templos e estelas.

Segundo os historiadores, com a rainha Shanakdakhete, por volta de 170- 160 a.C, é que se dá a ascensão do poder matriarcal.
As mulheres detinham um poder fundamental na organização política desta região. Desde as princesas- sacerdotisas, as Rainhas-mães, também intituladas de Senhora de Kush e as Candaces, rainhas guerreiras. Rainhas que tiveram contato com Alexandre Magno, Augustus e Salomão, sendo citadas em crônicas históricas de Heródoto e na Bíblia (2 Crônicas 9; Atos 8-27).


Fontes

História Geral da África, II: África antiga/ editado por Gamal Mokhtar.-2.ed.rev-Brasilia: UNESCO,2010. Disponível em:


A mulher na África antiga. Disponível em:
Queen Candace of Antiquity. Disponível em: https://suite.io/william-cook/2jax2r1

Nubian Queens in the Nile Valley and Afro-Asiatic Cultural History  http://wysinger.homestead.com/fluehr.pdf



quinta-feira, 17 de julho de 2014

Retorno das atividades- Círculo de Cultura Afro-brasileira e Candaces

   
No dia 26 de julho o Círculo de Cultura Afro-brasileira da Biblioteca Pública Monteiro Lobato retoma suas atividades, com uma programação muito especial aberta ao público em geral. Confira: