quarta-feira, 16 de julho de 2014

Tereza de Benguela e o dia 25 de julho

    Em comemoração ao dia 25 de julho, iniciaremos postagens relacionadas à Teresa de Benguela e a atuação das Candaces na história afro-brasileira.

 Acesse: Vídeo com samba-enredoTeresa, Tereza ou Thereza foi uma líder quilombola, ícone de liderança feminina negra, que manteve bravamente o Quilombo do Quariterê (Cuiabá - MG) por duas décadas sobrevivendo até 1770. 
  Infelizmente não há muitos registros acerca desta figura; assim não se sabe se Tereza veio da África ou nasceu na América. Sabe-se que, com a morte do marido, Tereza assumiu o comando do quilombo, sendo aclamada rainha. 
 Sua atuação como uma liderança feminina à frente da resistência e luta pela liberdade, a coloca entre as denominadas Candaces ou Rainhas Guerreiras.
   No dia 02 de junho, entrou em vigor a Lei Federal nº 12.987, que institui o Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra, a ser comemorado, anualmente, em 25 de julho. 
   Em 1994 a G.R.E.S Unidos do Viradouro apresentou o samba-enredo:  Tereza de Benguela - Uma Rainha Negra No Pantanal. Clique no link abaixo para ouvir o samba.

Autores: Joãosinho Trinta Cláudio Fabrino, Paulo César Portugal, Jorge Baiano e Rico Medeiros

Vai clarear, vai clarear
Um sol dourado de quimera
A luz de Tereza não apagará
E a Viradouro brilhará na nova era

Amor, amor, amor
Sou a viola de cocho dolente
Vim da Pérsia, no Oriente
Para chegar ao Pantanal
Pela Mongólia eu passei
Atravessei a Europa medieval
Nos meus acordes vou contar
A saga de Tereza de Benguela
Uma rainha africana
Escravizada em Vila Bela

O ciclo do ouro iniciava
No cativeiro, sofrimento e agonia
A rebeldia acendeu a chama da liberdade
No quilombo o sonho de felicidade

Ilê ayê, ara ayê, ilú ayê
Um grito forte ecoou
A esperança no Quariterê
O negro abraçou

No seio de Mato Grosso a festança começava
Com o parlamento, a rainha negra governava
Índios, caboclos e mestiços, numa civilização
O sangue latino vem na miscigenação
A invasão gananciosa, um ideal aniquilava
A rainha enlouqueceu, foi sacrificada
Quando a maldição a opressão exterminou
No infinito uma estrela cintilou

Vai clarear, vai clarear
Um sol dourado de quimera
A luz de Tereza não apagará
E a Viradouro brilhará na nova era


Em breve postaremos mais textos, não deixe de acompanhar e compartilhar nossas postagens!

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